Eu tenho extrema relutância em me livrar de quinquilharias, e só o faço quando a situação é insustentável. O difícil não é abrir mão daquele amontoado de coisas velhas, mas sim das lembranças que cada um daqueles objetos traz à tona.
O que entulha meu armário é sempre meu passado. Ele não é de todo mal, mas ocupa muito espaço entre as minhas prateleiras. Entretanto, isso não torna o desvenciliar-se mais fácil.
É indubtável o quão é difícil soltar o passado e tudo o que o acompanha. O quão é duro se desvenciliar das mazelas, das impropriedades, dos complexos que adquirimos com o decorrer do tempo e que acabam por abarrotar nossas gavetas de sentimentos e medos que representam um verdadeiro atraso de vida.
A influência do passado faz com que fiquemos temerosos demais, faz com que pensemos demais, e nos poda demais, angariando para nós experiências de menos.
É aquela velha história: 'gato escaldado, tem medo de água'.
Obviamente que os erros que em algum momento cometemos, têm de servir de proteção, aviso, ou algo do gênero, afinal, cometer o mesmo erro duas vezes é estupidez.
Mas as experiências ruins que um dia você teve, não devem ser determinantes em suas relações e decisões. Se assim for, a vida pára. Não se renova, só rebobina.
Evidente que todo mundo tem passado e que este fator é o responsável por quem nos tornamos. Porém este pertence a um local longínquo, e é assim que deve ser mantido, com uma distância segura de cada um.
E para colocá-lo em seu lugar, nada melhor do que esvaziar o closet e se livrar de algumas quinquilharias, para que assim, você tenha espaço para as novas que virão.
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