Caro leitor,
você há de convir comigo que este tal 'planeta Terra' (alcunha pela qual o chamam), não anda lá muito bem das pernas, e que, justiça seja feita, não é de hoje.
Todavia, não venho hoje por intermédio deste recinto reinterar minha repulsa por essa sociedade escatológica na qual estamos eu e você terminantemente inseridos, nem venho aqui neste dia para reafirmar o quão niilista sou em relação a esta. Não. Ao menos, não hoje.
Na realidade, nessa quinta-feira com cara e aroma de segunda, decidi falar da pequeníssima minoria que destoa da multidão. E para tanto, achei por bem lhes narrar suscintamente um causo, a respeito deste tal garoto que conheci em algum momento que não se encaixaria nesse contexto.
Bem, o fato é que, quando ainda não media nem um metro e meio de altura, esse tal guri disse para sua genitora as seguintes palavras:
- Mãe, quando eu crescer eu quero ser político!
Sua mãe, naturalmente uma adulta com visão de tal, carinhosamente depositou as mãos sobre os ombros de sua prole, o olhou nos olhos, e respondeu:
- Você quer me matar de desgosto? É isso?!
Sim, isto é o que qualquer mãe com o mínimo de consciência política diria.
Mas o fato é que o tal garoto não se conformou, e então, um belo dia, enquanto realizava uma viagem de carro com sua família, seu pai parou para abastecer e o garoto foi ao banheiro. E lá na porta do banheiro ele viu o que já era de se esperar: todo o tipo de xingamento e palavra de baixo calão que disputavam entre si para ver quem era a mais insalubre.
O garoto viu ali um nítido desperdício de faculdades mentais. Feita esta constatação ele poderia ter se levantado e ido embora, julgando ainda mais a raça humana como inócua. Mas não.
Fitando a porta o guri não teve dúvida, sacou as chaves do bolso e escreveu bem grande:
E = MC2
Por quê? Segundo o próprio protagonista deste causo "imagina só se um cara olha pra aquilo que eu escrevi e como mágica ele descobre uma forma de energia sustentável, a cura para o câncer o sei lá mais o que".
Feita essa explicação, na minha opinião não tem nem mais o que escrever neste post, se não reinterar que sim, esse garoto existe.
