segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Se nem a dor é pra sempre, porque o amor seria?

Por diversas vezes, já ouvi de diversas pessoas a seguinte frase: "Um amor de verdade nunca acaba. Se acabou, é porque não era de verdade."
E isso me fez pensar no assunto e perceber que eu discordo completamente desta afirmação.
Quer dizer, eu já falei algumas vezes sobre morte neste blog. Tanto a morte de vidas, quanto a morte de coisas, sentimentos. E o amor não é nada mais do que um sentimento.
Sabe, ouvir este tipo de frase me revolta, porque eu por algumas vezes amei e esqueci. E diferente nem podia ser.
Eu acredito que nós (principalmente mulheres) crescemos com esta verdade, que com o tempo descobrimos não se passar apenas de mera ilusão.
Tudo na vida acaba, bem como a própria vida. A chuva para, as estações se vão, as feridas se cicatrizam, as lágrimas secam, e o amor acaba.
Muitas vezes você ama cegamente alguém que infelizmente não lhe ama. E depois de muito sofrer e sentir seu peito se contorcer de dor, o amor acaba. Não é fácil. Não é rápido. Mas é possível. As vezes, é preferível, recomendável, e até uma medida de auto-proteção e de amor a si mesmo.
E numa situação dessas o que deveria a pobre alma fazer? Passar a vida a sofrer sem ser correspondida, apenas para provar que seu amor é verdadeiro, genuíno?
O mundo está em constante mudança. Tanto o mundo como tudo nele. Inclusive nós. E a cada instante ficamos diferentes, seja física ou emocionalmente. Mas mudamos. E com isso mudam também nossas escolhas, necessidades, as vezes crenças, em alguns momentos até mesmo amizades.
Quem é que não se lembra de alguém com quem brincava na infância e por quem nutria profunda amizade quando criança, e com quem hoje já não fala há anos? Já nem se lembra do rosto de tal pessoa?
Alguns podem dizer que não era amizade. Mas você provavelmente descordará, pois você sabe que o sentimento puro e inocente que nutriu por tal pessoa era genuíno.
Portanto, se até a amizade acaba (que é um tipo de amor), porque não o amor romântico?
Sim, o amor também acaba. É mais doloroso esquecer do que se apaixonar. Mas você esquece.
Assim, o que importa é que seja "eterno enquento dure", afinal, como diria Cássia Eller, "O para sempre, sempre acaba".


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Experimente ouvir: Dirty Projectors


Bem caros cromossomos, nesta sexta-feira 13 venho até aqui para dár-lhes uma sugestão de banda.
Aliás, que banda. E esta é o Dirty Projectors.

O Dirty Projectors é uma banda norte-americana, para ser mais exata, do Brooklyn, Nova York. O grupo é composto por seis integrantes e está na estrada desde 2002, ano em que lançou seu primeiro álbum entitulado "The gracefull fallen Mango".
O som deles consiste em uma mistura de Rock experimental com Indie (tá, eu gosto de Indie Rock...), e o resultado vocês podem conferir aqui:
Inclusive, a música acima ("Stilness Is the move") está entre as melhores (em minha opinião) já lançadas pelo conjunto até agora.
Os caras estiveram em terras brasucas ano passado, quando participaram de um festival para bandas de Nova York, e eu particularmente espero que eles voltem!

Experimente ouvir "Dirty Projectors".