sexta-feira, 12 de julho de 2013

Over again


Já está tão escuro e faz tanto frio. É compreensível o vazio das ruas.
Me fora prometido que logo o alvorecer chegaria, mas aqui estou eu, a eternidade depois ainda a esperar. Os dias se vão num borrão, as noites permanecem por dias. E aqui continuo, prostrada exatamente como encontrava-me ontem, anteontem, semana passada, ano passado, há 5 anos atrás. Presa nesse ciclo vicioso, sentada no assoalho desse labirinto a espera da fera por me devorar.

As crises continuam recorrentes, porém se dão de maneira menos espaçada agora. A cada vez que consigo agarrar a corda ela escapa de meus dedos e esse vai não vai já virou minha rotina. Acho que fui eu quem virou rotina.

"I don't know where I'm at/ I'm standing at the back/ And I'm tired of waiting/ I'm waiting here in line/ I'm hoping that I'll find/ What I've been chasing/ I shot for the sky/ I'm stuck on the ground/ So why do I try?/ I know I'm gonna fall down/ I thought I could fly/ So why did I down?"
(Down - Jason Walker).






quinta-feira, 2 de maio de 2013

C'est la vie


E então você se foi.
Virou as costas e saiu em disparada sem ao menos se despedir. E assistir você partir me dilacerou.
Sei que não tenho o direito de sentir-me assim e tal ciência é ainda pior do que o sentimento em si, pois faz de mim um ser inúmeras vezes mais patético. Minha dor não é legítima, eu sei, de modo que nem lamentar-me aos seus ouvidos ou detestar-lhe em pequenas doses posso.
E foi por essa razão que achei por bem permanecer em silêncio. Deveras, a duras penas, cerrei os lábios e refreei-me de dizer tudo o que precisava dizer para aliviar meu ser, e fui escrever. Sim, pois o papel não registra nada do que para ele é ditado e não dita nada do que nele é escrito. Ante a esse argumento, não pude pensar em confidente melhor.
E assim, meio encabulada e com o coração pesado fui despejando na folha tudo aquilo que eu precisava dizer a alguém, mas que ninguém podia escutar.
Despejei sobre ele toda a minha angústia. Narrei-lhe aquela tarde de verão, descrevi como me lembrava de você. Como me lembrava da profundidade de seus olhos que me queimavam de longe e de como doía não retribuir seu olhar.
Escrevi naquela folha de papel tão compreensiva como você me fizera sentir, como você conseguira naqueles ínfimos segundos, despir-me de meus muros como ninguém conseguira em anos. Percebi que me recordava dos detalhes melhor do que eu supunha, e isso me doeu. As expectativas, os sorrisos e tudo o que disso nasceu foram apenas consequência.
Dito tudo isso, contei como tudo agora era turvo, doloroso e como meu peito latejava incessantemente. O coração doía tanto que faltava-me o ar para preencher os pulmões e a culpa, bem a culpa estava por toda parte. A minha culpa.
Tentei terminar o texto, mas acabei por deixar parte do papel em branco. A falta de vida daquela folha fora a melhor metáfora que eu encontrara.

"Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram."
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 30 de abril de 2013

Antítese


Chega a ser desconcertante o caráter de normalidade que ao decorrer do tempo as coisas desagradáveis adquirem.
Todo mundo enche a boca para falar que com coisas ruins ninguém se acostuma, mas o que acontece na prática está a anos-luz da teoria.

O conformismo é algo que o tempo traz consigo e insiste em fazer a gente engolir. Você se recusa, se recusa, se recusa...resiste por anos até que, de tanto esmurrar ponta de faca, dá o braço a torcer. A alma vai ficando marcada de tanta frustração, de tanto sonho sufocado e de tanto ideal deixado para depois, até que um belo dia ela fica tão calejada que quase nada é capaz de fazer a gente se quer se sobressaltar.

E é então que você se acostuma. Se acostuma com as manhãs cinzas que vez por outra são azuis, com as noites escuras que parecem que jamais terão fim, com o peso descomunal depositado nas costas e com o aperto no peito que já há tanto sufocado nem sabe mais como é não latejar. Se acostuma a dizer o que a mente manda e a ignorar o que o coração grita. E então, tudo aquilo que você prometeu que ia mudar na vida passa a ser tão normal que você nem lembra como era se inconformar ante a isso.

Lembra deles? Pois é, agora você é como eles. Honestamente, não sei dizer se isso é bom ou ruim. Gostaria de poder fazer agora uma afirmação inquestionável, uma  espécie de antítese, todavia não tenho certeza nenhuma que possa concluir essa frase.

Só tenho perguntas que para o meu desespero nem se quer pautam-se mais pelos parâmetros maniqueístas.


domingo, 28 de abril de 2013

New Dawn


E então tranquei-me em mim mesma. Há muito protelava esse embate. Fitar a imagem que se desenha no espelho é fácil, árduo é olhar para o que está dentro sem ceder ao ímpeto de fechar os olhos.
E é por possuir tal consciência que não condeno aqueles que não olham para dentro. Encarar o âmago é um processo lento que nem todos possuem força para realizar. Não os culpo. Ter a capacidade de digerir e discernir a realidade não é um dom, é (salvo exceções) uma maldição.
O fato é que, há um bom tempo vinha fugindo de mim mesma, procrastinando o inevitável encontro. Passei meses esgueirando-me de mim, me ocultando na penumbra. Levei a vida assim até onde deu, tateando no escuro até que a luz se fez imprescindível. Chega uma hora que a gente pede a gente mesmo e então, continuar fugindo é besteira.
Bem, essa hora chegou e aí restou-me olhar para dentro.
Foi então que, para a minha surpresa não me reconheci. Logo eu que sempre fui tão cheia de saberes e autoconhecimento me tornei uma estranha de mim mesma. O susto foi tamanho que me aproximei do espelho (como se a contiguidade contribuísse para a boa leitura do quadro geral).
E aos poucos, olhando com mais calma, fui reconhecendo-me nos detalhes, num franzir de cenho, numa feição de contentamento, num gesticular de inquietude, numa piscadela de satisfação. Sim, eu continuava ali, nos pequenos gestos, no ímpeto fugaz e isso me bastou. Não, eu não me esvai de mim mesma. Minha essência continuava ali, no lugar ao qual ela pertencia, e eu me senti em casa.

"And this old world is a new world and a bold world for me" (Nina Simone)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

I'm dancing with myself

E hoje eu decidi abrir a casa, deixar arejar. Quatro meses sem se quer passar na porta é um período muito longo e que passou imperceptivelmente rápido. As teias de aranha estão por toda parte e não há ninguém a se culpar por tamanha negligência além de mim.
Os pretextos são muitos, mas como eu nunca fui uma grande adepta dos subterfúgios não farei uso deles. Não vim aqui porque não quis. Ponto final.
O fato é que eu estava sem nada para dizer então pensei que seria melhor permanecer em silêncio. Já existem tantas palavras vagas e despropositadas sendo lançadas no mundo a todo momento, para que eu iria querer contribuir com o aumento delas? O silêncio é uma dádiva muito pouco apreciada e quase em extinção.
Creio que todo talento tem um ponto fraco e a minha criptonita é a felicidade. Sim, eu estou feliz o que é estupendo, todavia o combustível dos meus escritos é a melancolia. Assim, não venho produzindo nada útil nem agradável que soe bem quando lido com o coração. Sim, porque os bons textos são lidos com o coração, não com a mente.
A vida anda de bem comigo. Os problemas ainda batem na porta, mas agora eu os guardo no armário. Sofrer por antecipação é atestado de masoquismo. Os jardins floresceram magnificamente nessa primavera e o céu da cidade parece ter sido pintado a mão de azul na maior parte dos dias. Minha bússola antes desgovernada agora aponta para o norte me dizendo exatamente o que eu quero.
O que eu quero? Quero um banho de chuva, uma tarde de sol, uma roseira vistosa, um sorriso de um alguém qualquer. Quero dormir até tarde, comer um pote de sorvete sozinha e rir até doer a barriga. Quero a vida e aparentemente a vida também me quer. Nós duas desenvolvemos uma camaradagem excepcional e agora, andamos oficialmente de mãos dadas.
O escrever? Bom, meu escrever fica deveras prejudicado, mas quem sabe eu não aprendo como escrever feliz? Da melancolia sou intima há um bom tempo. Talvez seja hora de estabelecer laços com a felicidade e o contentamento afinal eles são uma companhia tão agradável...


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entre eu e mim mesma

Vez por outra acontece de eu tropeçar em mim mesma.
Me perco em algum lugar entre minhas vielas mal iluminadas e os pedaços de céu que por mim foram roubados.
Há mais aqui dentro do que se pode esperar encontrar.
Silêncios, gritos, gargalhadas ruidosas, sorrisos macios, dores excruciantes e olhares ternos em mim perambulam, de um lado para outro, de cima para baixo, de dentro para fora, de hoje para ontem, de ontem para agora.
Eu sempre fui assim, ansiosa por ouvir, sedenta por falar. Mas então eu cansei. Por que será que a gente cansa? Cansa da rua, cansa do sol, cansa da sexta-feira, cansa de andar. A gente só não cansa de viver, mas cansa de esperar pela vida.
Cansei de quase tudo. Dos livros pesados, das músicas tristes, das noites que demoraram a passar e dos filmes falados. Enjoei das perguntas difíceis e das respostas enigmáticas. A partir de agora só quero arroz com feijão.
Estou querendo achar um canto pra dormir, longe das luzes da cidade, do vento gelado da madrugada e das perguntas impossíveis. Quero me livrar de mim mesma. Onde é que eu assino para me devolver? Será que a vida aceita devolução?
Que belo disco riscado, não?

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Lemonade


Esse é o mais próximo que cheguei da normalidade em muito tempo.
Sim, a visão ainda é turva quando de frente para o por vir, mas a de quem não é? 'Se a vida te der limões faça uma limonada, oras bolas!' Quando ouvi um transeunte dizer isso um dia desses pensei: 'é isso!' e fui pra casa fazer limonada. Os limões já estavam lá há um bom tempo, sabe? 

O mais curioso de tudo é que, eu nunca imaginei que ceder me faria sentir melhor, mais leve e livre. Pois fez.
Claro que não cedi por completo (não, entregar de bandeja a totalidade seria minha sentença de morte) mas cedi. E cá estou eu, contente por tal feito. 
O plano b ainda me mantém nos eixos, não se preocupem. Também alerto: nem se antecipem por comemorarem minha concessão: ela não é sinônimo de desistência. Na verdade, encarem a situação como um novo combustível para minhas pretensões, não como um sopro sobre uma vela.
É disso que eu gosto sobre mim: sou mais doce do que chocolate e mais azeda do que limão - quem serei pra você? Bom, isso depende de quem em mim você desperta. Eles despertaram o limão, daí as bocas retorcidas. 
A vida deu-me limões. Limões me foram dados pela vida. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Neverland


Quando eu era criança, idade na qual espera-se que histórias clássicas sejam amadas e compreendidas, eu detestava o Peter Pan. De todos os personagens clássicos, ele era o que eu mais detestava. Tudo bem que eu tinha um certo carinho pelo Capitão Gancho ( rs ), porém sempre enxerguei o Peter Pan como um personagem lunático e totalmente entediante visto que tudo o que ele não queria é crescer. Talvez daí viesse minha antipatia pelo personagem de J. M. Barrie: Peter não queria crescer e isso era tudo o que eu, bem como todas as crianças, queria, afinal, na infância nada é mais fascinante do que a vida adulta. 
Hoje eu entendo o Peter.
Quando criança, tudo o que se deseja é crescer, afinal, a vida de gente grande é divertida, agitada, eles tem assuntos para resolver, não pedem permissão pra ninguém e as mulheres usam saltos colossais. O problema é que a medida que a gente vai crescendo, percebe que tem bem mais em jogo do que antes aparentava ter.
As responsabilidades começam a se amontoar na sua frente e elas só aumentam, nunca diminuem. Ficam mais severas, mais pesadas, nunca mais simples. E com o tempo, te apresentam uma coisa chamada 'decisão'. Quando você cresce, você precisa começar a tomar suas próprias decisões, que vão desde qual marca de margarina você vai comprar até a carreira na qual você atuará nos 30 anos seguintes. 
E essa é a parte mais difícil, porque se algo sair errado, você não tem ninguém pra culpar ou gritar com. Você tomou a decisão, e toda decisão traz na bagagem consequências que nem sempre podemos prever. E essa é a questão mais curiosa nisso tudo: o erro é o melhor professor. Nada melhor do que quebrar a cara pra te fazer aprender algo. Porém a sociedade não pensa assim. A sociedade coloca em volta do erro essa áurea negativa como se errar uma escolha e começar do zero fosse a pior humilhação do mundo. E nossos pais, professores, profissionais ao nosso redor e amigos fazem questão de dividir conosco esse conceito o tempo TODO. Como se não bastasse todo o nervosismo e frio na barriga com o qual já lidamos diariamente, ainda tem sempre alguém botando mais pilha, dando palpite, e fazendo as mesmas perguntas que para serem respondidas demandam uma série de outras perguntas para as quais nenhum adolescente no mundo tem resposta.
E é então que eu compreendo o Peter e dou toda a razão a ele. Se eu pudesse, eu jamais cresceria. Lembra como a vida era tão mais simples? As pessoas menos complicadas, as situações mais fáceis, sem decisões viscerais a serem tomadas nem novos problemas a cada dez minutos. Tudo se resumia a um pedaço de bolo e sessão da tarde. Quem foi que inventou que a gente tinha que crescer?


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Speechless


Sinto.
Foi o que perguntara-me, e cá estou munida da resposta. Sim, eu sinto, entretanto não posso lhe dizer o que.
'Quem sente, sente alguma coisa', você dirá. Deveras, sintaticamente falando você está certo. Porém isso não muda a oração.
Perdoe-me meu caro, mas não consigo ir além disso. Tudo o que sei é que sinto, porém não é frio nem calor, nem paz mental nem ardor, nem lucidez nem torpor.
Sinto e sentir me basta.
Quem foi que disse que para sentir é necessário entender o que se sente?
Quanto mais abstrato melhor.
As boas sensações, aquelas que a alma sente e só sente, essas escapam a dicionários.



terça-feira, 15 de maio de 2012

Orient Express, Agatha e Lumet

Eis um filme cujo o brilhantismo atualmente é raro de se ver.
Faz tempo que eu não falo de nada relacionado a entretenimento, mas hoje resolvi sair da rotina. Quem mora em São Paulo sabe que, em dias frios e chuvosos (características climáticas essas que vêm se tornando típicas dessa cidade), poucas coisas além de se infurnar nos shoppings e assistir a filmes são uma boa pedida.
Pelo rumo do texto nem preciso dizer qual das duas escolhi. O fato é que domingo configurou a perfeita união de ambos. Chuva fina e vento gelado. E então, com preguiça de ir até a videolocadora debaixo da garoa, restou-me apelar para minha estante. Sim, minha linda estante há muito esquecida graças aos tantos trabalhos, provas, seminários etc etc que fazem parte da vida de todo estudante.
Enfim, começei a desbravá-la. Nada me agradou muito nem gritou pelo meu nome, até que, entre um Hitchcock e um Blake Edward encontrei meu velho amigo Hercule Pairot sob a direção dele: o grande, genial, antológico Sidney Lumet, que sim, gritou meu nome.
E essa foi a atração da noite: "Assassinato no Expresso Oriente". Claro que eu já assisti esse filme umas 30 vezes, mas o fato é que, o roteiro é baseado na obra de Agatha Christie e é excepcional, a direção de Lumet impecável e o elenco composto por artistas que vão de Lauren Bacall e Ingrid Bergman a Vanessa Redgrave e Anthony Perkins. Logo, nem preciso dizer que esse não é o tipo de filme que se assiste uma misera vez ou do qual se enjoa.
Esse é aquele tipo de obra cinematográfica que a cada vez que você assiste, compreende algo novo que antes (aparentemente) não estava lá, e só os bons filmes garantem tal feito.
O enredo, resumidamente, gira em torno de um passageiro do trem que é assassinado durante a viagem. A partir de então, o também a bordo detetive Hercule Poirot, tenta desvendar o intrigante assassinato que, como todo bom suspense, surpreende o telespectador.
"Assassinato no Expresso Oriente", de 1974 é a minha dica de amiga. Ele não me deixou na mão domingo passado e tenho certeza que não deixará você também.
Esse é obrigatório para os aspirantes a cinéfilos!



Enjoy it folks!

terça-feira, 27 de março de 2012

"There beneath the blue suburban skies"


Os espelhos refletem sua imagem quando de frente para o vazio.

A cada milésimo uma faceta. São desenhos fragmentados que como num lapso surrealista formam o seu eu sem jamais usar a lógica. Os olhos sempre ligados ao coração enquanto a boca reflete-se longe das maçãs do rosto. Você sempre foi o mais difícil dos enigmas e isso não se deve a pistas complexas demais e coesas de menos. Deve-se a duplicidade contida no enigma. Não é um, são dois. Não se pode decifrar um sem decifrar o outro, logo optei por não decifrar a ambos. Certas quimeras não devem permear nada além do incosciente. Neste sim é permitido correr, dançar, acenar e pular de penhascos para cair em nuvens, porém somente lá.

Assim, te fechei em uma caixa -imagens mentais, fatos, e palavras- uma pequena caixa de madeira que possui um bucólico mosaico na tampa. Sim, guardei-te ali dentro onde só eu saberei te encontrar, e enterrei a caixa sob um pé de qualquer coisa em um jardim que poucos de nós conhecem e te deixei ali para quem sabe um dia voltar e te decifrar.

Pode soar egoísta, e de fato o é, porém não me chateio com tal título. Sou egoísta. Eles são egoístas. Considera-te humano? Logo és egoísta. Tão egoísta quanto eu ou quanto eles. Nem melhor nem pior, apenas o mesmo amontoado de pó que o vento vez por outra trata de dissipar.

Entenda, eu jamais seria forte o suficiente para sustentar seu olhar.

Olhos belos assim têm suas desvantagens. Entregam rápido demais tudo o que a boca refreia dizer. A boca blasfema, os olhos não. Eles falam com pureza e sinceridade e são poucos os que aprendem a enlameá-los como com a boca que só repete o que murmura a razão.

Não me odeie. Não sou digna de seu ódio.

Quero entender o seu lado da equação, não o meu. Me basta o x, porém o y é fundamental em sua descoberta. Sendo assim, os leve com você, um em cada bolso, e um dia desses, quando São Paulo estiver sendo afagada por uma dessas chuvas rápidas de verão e você entrar em um desses Cafés aconchegantes de nossa cidade para tomar um chocolate, eu serei a moça de rabo de cavalo no canto do balcão pedindo um capuccino.